quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

DEPRESSÃO E FIBROMIALGIA

Não existe uma causa específica para a depressão, pois ela resulta da "colisão" de fatores genéticos, bioquímicos e psicológicos.

Não existe uma causa específica para a depressão, pois ela resulta da "colisão" de fatores genéticos, bioquímicos e psicológicos.

Muitas vezes a doença "corre" em famílias, pelo que se pensa que exista uma vulnerabilidade genética que, quando combinada com fatores ambientais, tais como o stress ou doenças físicas, pode desencadear um desequilíbrio em certos químicos cerebrais, denominados neurotransmissores, o que vai resultar na depressão.

Até agora foram relacionados com a depressão três neurotransmissores: serotonina, noradrenalina e dopamina.

A seguir alguns dos fatores que se pensa contribuírem para o desenvolvimento da depressão: Hereditariedade; Stress; Medicações; Doenças; Personalidade; Alterações hormonais; Álcool, Nicotina e outras drogas; Dieta.

Finalmente, a depressão está, também, ligada a certas fases da vida, que se sabe estar associadas a grandes alterações hormonais, nomeadamente a puberdade, o pós-parto e a menopausa.


Depressão: o que é?

Uma doença que afeta cerca de 10% a 25% das mulheres ao longo da sua vida e aproximadamente metade desse valor no caso dos homens.

A depressão é uma doença que afeta cerca de 10% a 25% das mulheres ao longo da sua vida e aproximadamente metade desse valor no caso dos homens.

Atinge praticamente todas as idades desde as crianças até aos idosos e tem implicações sociais marcadas, tornando-se num verdadeiro problema de saúde pública face ao elevado número de pessoas afetadas.

A depressão é uma doença psiquiátrica debilitante, caracterizada por um conjunto de sintomas relacionados com o humor e alterações funcionais significativas, afetando por isso os pensamentos, sentimentos, comportamento e, também, a saúde física.

O objetivo do tratamento deverá ser a resolução completa dos sintomas depressivos, isto é, a remissão. Uma parte significativa dos doentes não responde (25-30%) ou não atinge a remissão completa com o tratamento com antidepressivos (60-70%).

Muitos dos doentes que recuperam de um episódio depressivo podem recidivar e cada subsequente recidiva pode aumentar o risco de cronicidade. A depressão deverá ser considerada como parte de uma doença crônica.

Estudos neuroquímicos demonstram que a depressão está associada a alterações dos neurotransmissores 5-HT e NA, dos transportadores e receptores da 56-HT e dos receptores da NA.

Os sintomas da depressão podem envolver componentes físicas mais marcadas (astenia, alterações do sono, falta de concentração, queixas gastrointestinais, cefaleias, etc.), o que dificulta, em muitos casos, o diagnóstico.

Por vezes, designam-se estes casos como depressão mascarada ou somatizada, já que se esconde por detrás de sintomas físicos, conduzindo ao adiantamento do diagnóstico.

A depressão é uma condição médica bem definida com uma base biológica demonstrada, para a qual existem medicamentos seguros e eficazes, com os quais as pessoas com depressão grave melhoram, muitas vezes em semanas, retomando assim a sua vida normal.
Fibromialgia

Depressão ou fibromialgia?

Dados sobre a relação entre depressão e dor foram divulgados no último Encontro Mundial da Associação Americana de Psiquiatria, realizado entre 24 e 26 de maio, em Atlanta.
Os psiquiatras agora reafirmam que os reumatologistas anunciaram em 1990 que dores vagas e difusas, cefaléia, insônia, dor nas costas, problemas digestivos, alterações no apetite, fadiga entre outros são sintomas incluídos na síndrome da fibromialgia.

O nome não importa, mas numero crescente de médicos e pacientes estão se beneficiando com o tratamento com antidepressivos associados aos analgésicos.
Entretanto a pesquisa revela que falta muito para identificar o diagnóstico adequado da depressão, por parte de médicos e pacientes em relação ao assunto, apontados pela pesquisa:

1)72% dos pacientes não sabiam que dores vagas ou difusas, de cabeça, nas costas ou mesmo distúrbios gastrintestinais também eram sintomas da doença.

2) Somente 38% dos médicos acreditam que as dores físicas são sempre ou na maioria das vezes um sintoma da depressão ou fibromialgia.

3) 30% dos pacientes apresentam os sintomas físicos dolorosos por mais de 5 anos antes de receberem diagnóstico apropriado. Além disso, chegam a procurar um médico cerca de 5 vezes até ser constatado o quadro depressivo.

Atualmente, no mundo, cerca de 340 milhões de pessoas têm o diagnostico de depressão, porem uma parcela pequena tem a depressão com dores que se constituem na fibromialgia. A depressão interfere na habilidade para trabalhar, estudar, comer, dormir e apreciar atividades antes agradáveis. Tem como uma de suas causas uma disfunção no sistema nervoso central, resultando em um desequilíbrio nas concentrações de serotonina e noradrenalina, em conjunto ou separadamente. Estes dois neurotransmissores têm um papel muito importante no aparecimento e equilíbrio das emoções assim como na percepção de estímulos dolorosos relacionados à depressão e, portanto, aos sintomas físicos e emocionais mencionados anteriormente.

Sabe-se que há sintomas mais relacionados ao desequilíbrio da serotonina e outros ao da noradrenalina. Antidepressivos com ação dupla cumprem esse papel e dentre eles, o mais recente é a duloxetina cujo mecanismo de ação caracteriza-se pela atuação sobre esses dois neurotransmissores de forma balanceada e potente.


 Fonte :: Associação Americana de Psiquiatria, Congresso 26/5/2008

Pesquisa:Regina Valeria


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